segunda-feira, 4 de junho de 2012

A sutileza de Tadao Ando





O arquiteto se destacou por uma obra sutil e silenciosa que rejeita o comercialismo da arquitetura e urbanismo do Japão atual.


Seu destaque no cenário internacional é devido a pureza e simplicidade dos seus edifícios. Sua proposta é de uma arquitetura introspectiva e de uma incomparável sutileza.
A natureza é um elemento fundamental em seus projetos, ela é representada por recortes precisos de luz, correntes de ar e espelhos d’água.



Uma de suas obras que retrata suas características arquitetônicas é uma casa em Osaka, Japão. Sua fachada é constituída de uma parede de concreto de pé direito duplo, pesada, pura, com as marcas das fôrmas e os furos de ancoragem. E possui um recorte de passagem para um pequeno hall



A  casa é uma grande caixa de concreto onde o centro é deixado vazio, criando um pátio interno. Na impossibilidade de aberturas laterais, o arquiteto estabeleceu uma relação dos cheios com o vazio que ordena toda a circulação da casa e permite a entrada de luz e ar para os cômodos.


Fontes:
- MONTANER, Josep Maria; Depois do Movimento Moderno – Arquitetura da segunda metade do século XX.
- http://wd.ggili.com 09/05; 20:10
- www.revistaau.com.br 09/05; 20:20

Influência internacional na arquitetura japonesa


Alguns arquitetos como Mies Van der Hohe e Le Corbusier, destacam-se como influência na arquitetura japonesa.
A partir do Movimento Moderno, o Japão teve sua adesão no estilo internacional, embora com um inusitado formalismo. Este vigor formal e expressionismo se tornaram ainda mais fortes a partir dos anos cinquenta, quando foi integrado ao Movimento Moderno Japonês, elementos formais da arquitetura tradicional.
Coberturas leves e expressivas, estruturas em madeira e um caráter de sustentabilidade construtivista foram elementos tradicionais integrados a arquitetura. Essa ideia é reforçada com a utilização brutalista da técnica do concreto armado.
A estrutura passa ser exaltada na arquitetura japonesa, e essa traça uma afinidade entre a arquitetura tradicional e a arquitetura moderna.
Ainda nos anos cinquenta, Le Corbusier destaca-se entre os arquitetos japoneses com a influência brutalista. Esta se tornou ainda mais forte com a construção do Museu de Arte Moderna em Tokyo (1954-1957), que o transformou em referência para arquitetos como Kenzo Tange. 



- MONTANER, Josep Maria; Depois do Movimento Moderno – Arquitetura da segunda metade do século XX.


segunda-feira, 7 de maio de 2012

História de Tokyo


FUNDAÇÃO DE TOKYO




       Em tempos antigos, a área da Baía de Tokyo já era populada, mas a fundação oficial aconteceu no ano de 1457 quando foi construído o Castelo de Edo. A área de rodeava o castelo passou a se chamar Edo (antigo nome de Tóquio)

       
       Por volta de XVII, Edo se tornou uma das áreas mais populosas do mundo, com mais de 1 milhão de habitantes. A cidade sofreu vários incêndios, tendo um deles, em 1657, matado mais de cem mil pessoas. Esses incêndios ocorriam devido à arquitetura da cidade, onde as edificações eram geralmente construídas em madeira. 
       A cidade sofreu também outros desastres, como a Erupção do Monte Fuji, em 1707 e um grande terremoto em 1855.

INFLUÊNCIA OCIDENTAL



       Com a chegada de Mathew Perri na Baía de Tóquio em 1853, aconteceu o tratado entre Edo e os Estados Unidos e após o tratado, a cidade passou a sofrer grande influência do estilo ocidental. Em 1868, a cidade mudou seu nome de EDO para TOKYO e em 1871 aboliram-se os feudos e foram criadas prefeituras e um ano depois a cidade foi expandida para os 23 bairros que até hoje possui. Em 1889 estabeleceu-se a Cidade de Tóquio, que era formada por 15 bairros


       A Guerra do Pacífico teve um grande impacto em Tóquio.O duplo sistema administrativo de Tokyo-fu (Prefeitura) e Tóquio-shi (cidade) que existia foi abolido para a guerra e prefeitura e cidade fundiram-se para formar a metrópole de Tóquio, em 1943.


TRANSFORMANDO TRAGÉDIA EM OPORTUNIDADE


       Após o terremoto de 1923, de 7,9 graus de tremor na escala Richter, os japoneses perceberam que teriam que modernizar suas técnicas construtivas. O terremoto destruiu metade de Tóquio e suas edificações que estavam seguindo o estilo ocidental em alvenaria. 


       Urbanistas, arquitetos , advogados e engenheiros se juntaram para transformar Tóquio em cidade do futuro e criaram então estruturas reforçadas com tendência de amortecer as ondas de choque, com molas que absorvem o impacto causado pelos sismos.



ARQUITETURA ATUAL DE TOKYO


         

       As construções no Japão devem seguir normas muito rigorosas contra terremotosNos cortes dos menores edifícios, grandes fundações continuam sob a estrutura.
       O tamanho dos pilares e as dimensões das paredes destoam da leveza dos fechamentos tão elegantes disponíveis no mercado de construção civilA estrutura dos prédios estão sempre a lembrar a iminência de uma calamidade.


Fonte: Wikipedia






domingo, 6 de maio de 2012

Jardim Vertical


Em meio aos grandes edifícios de Tóquio o arquiteto Ryue Nishiziwa criou uma casa que parece um jardim vertical. Em um terreno estreito e plano, a residência lembra um santuário, trazendo o verde literalmente para dentro de habitação.

 A estrutura aberta contrasta com a metrópole em expansão de Tóquio e se destaca como um lembrete de que a densidade urbana não tem que significar o sacrifício do ar puro e dos espaços abertos. l Foto: Ryue Nishizawa
A casa não possui nenhuma fachada exterior, ela é forrada apenas por vasos de plantas. A divisão interna é feita por divisórias de vidro e cortinas de tecido. Os andares da casa não possuem paredes internas, deixando-a com planta aberta e livre. Os pisos são separados por lajes de concreto com recortes circulares para uma escada central, que liga todos os pavimentos.

 O lar foi mobiliado de acordo com a arquitetura japonesa minimalista, que utiliza apenas objetos essenciais. l Foto: Ryue Nishizawa
A residência possui quatro andares. No térreo estão localizadas a sala de estar e a cozinha. No primeiro andar, o primeiro quarto. No segundo andar está o banheiro. Logo após, outro quarto. Na cobertura ainda existe um terraço com um pequeno quarto extra que pode servir tanto como depósito como quarto de hóspedes.
Todos os andares são ajardinados. Desta forma, parece que a casa está realmente em uma região ao ar livre e arborizada. Por não possuir fachada externa, a luz penetra para dentro da casa durante o dia nutrindo as plantas e auxiliando a economia de energia.
O lar foi mobiliado de acordo com a arquitetura japonesa minimalista, que utiliza apenas objetos essenciais. A residência, vista de fora, se confunde com um jardim vertical. A estrutura aberta contrasta com a metrópole em expansão de Tóquio e se destaca como um lembrete de que a densidade urbana não tem que significar o sacrifício do ar puro e dos espaços abertos.
Ryue Nishiziwa é vencedor do PrêmioPritzker, o mais importante prêmio de arquitetura do mundo. Ele é conhecido por suas expressões sobre o espaço natural na arquitetura.

segunda-feira, 23 de abril de 2012


shigeru ban
Dentre os arquitetos que serão responsáveis pela reestruturação do local arrasado pelo terremoto e tsunami no Japão em 2011, destaca-se Shigeru Ban, que há 15 anos se dedica a construir refúgios temporários para os desabrigados: ergueu estruturas desse tipo em países como Haiti, após o terremoto do ano passado, Sichuan (China) em 2008, Sumatra em 2004 e Kobe em 1995.
O símbolo que identifica seus refúgios está no uso de materiais de baixo custo, principalmente cilindros de papelão tratados com poliuretano, que Ban transforma em estruturas surpreendentemente sólidas.Nesse momento, o arquiteto está envolvido na tarefa de melhorar a vida dos milhares de desabrigados no nordeste de seu país que estão vivendo em uma dezena de ginásios. Nesses locais, construiu com canos e telas, pequenos quartos que devolvem independência às famílias.



Na cultura oriental, especialmente na japonesa, o papel é amplamente utilizado na arquitetura como vedação de janelas e divisórias. Então, por que não construir com papel? O arquiteto japonês Shigeru Ban iniciou suas pesquisas com tubos de papelão na década de 80 e a Paper Arbor, de 89, foi seu primeiro projeto utilizando esse material, Ban trata o papelão como ”madeira evoluída”, em referência a sua origem. Preocupado com o meio ambiente, defende a reciclagem como uma solução pós-tecnológica e pós industrial e também diz que a arquitetura hoje em dia pouco faz para os mais necessitados, que são muitos e representam um desafio à todos os arquitetos.Ban desenha pavilhõescasas tendas emergenciais utilizando esse tipo de estrutura, edifícios de todos os tamanhos, formas e usos, todos incríveis. E como se isso não bastasse, os projetos construídos de maneira tradicional são sempre muito detalhados, apesar de parecerem simples (até) demais.

domingo, 22 de abril de 2012


THE NATIONAL MUSEUM OF MODERN ART, TOKYO
         
      O Museu Nacional de Arte Moderna de Tóquio, mais carinhosamente conhecido como MOMAT, se orgulha de ter uma coleção permanente de cerca de 10.000 obras de arte com 95% por artistas japoneses nativos, trazendo aos visitantes uma visão da arte moderna, como se desenvolveu no Japão.
         MOMAT é certamente um bom lugar para começar, a aprender sobre o movimento do Japão, a arte moderna. O museu em si é considerado o primeiro Museu Nacional de Arte no país e abriu caminho o caminho para outros museus nacionais de arte desde 1952. Foi para as atuais instalações em 1969, e renovado em 2002. Abriga atualmente mais de 4500 m² de espaço de exposição com mais de 4 andares. Conta com as obras de Paul Klee, Francis Bacon, Kishida Ryusei e Kusama Yayoi entre sua coleção.
         A Galeria de Arte Museu Colecção tem cerca de 200 trabalhos seminais de sua coleção constantemente em exposição e rodada, que vão desde obras estrangeiras de importantes propriedades culturais organizadas em "capítulos". Isso evoca uma sensação de uma história que se desenrola quando os visitantes exploram as galerias expansivas. 

         A ex-sede das Guardas Imperiais agora serve como anexo da Galeria de Arte. Abriga têxteis modernos, cerâmica, porcelana, bem como outros tradicionais ofícios japoneses. A Galeria de Artesanato freqüentemente atualiza as suas exposições com peças deliciosas e instigantes de sua coleção e terá a certeza de agradar ao mais exigente conhecedor do ofício e da arte.








         

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Catedral Santa Maria





Construída entre 1963 e 1964, a Catedral de Santa Maria é a sede episcopal da arquidiocese de Tóquio, no Japão. Foi construída no mesmo local onde ficava a catedral antiga, construída em 1899 e destruída durante a Segunda Guerra Mundial.

Com uma área de 15,1 mil metros quadrados, foi projetada pelo arquiteto Tange Kenzo e pode abrigar 600 pessoas sentadas e 2000 de pé na nave principal.

Construída em estilo moderno, a Catedral de Santa Maria tem uma estrutura de oito paredes curvas quase perpendiculares que formam uma grande cruz. 
O brilho dos suportes de aço inoxidável do lado de fora do edifício simboliza a luz que Cristo faz brilhar sobre o mundo e sobre os corações dos homens. Uma cruz locada verticalmente ao longo das quatro paredes que abrigam quatro grandes janelas que permitem a passagem de luz natural , iluminando as paredes de concreto, que evocam as palavras do Salmo 18, versículo 2: "O senhor é minha rocha e minha fortaleza; o meu libertador é Deus". 

Fontes: