segunda-feira, 23 de abril de 2012


shigeru ban
Dentre os arquitetos que serão responsáveis pela reestruturação do local arrasado pelo terremoto e tsunami no Japão em 2011, destaca-se Shigeru Ban, que há 15 anos se dedica a construir refúgios temporários para os desabrigados: ergueu estruturas desse tipo em países como Haiti, após o terremoto do ano passado, Sichuan (China) em 2008, Sumatra em 2004 e Kobe em 1995.
O símbolo que identifica seus refúgios está no uso de materiais de baixo custo, principalmente cilindros de papelão tratados com poliuretano, que Ban transforma em estruturas surpreendentemente sólidas.Nesse momento, o arquiteto está envolvido na tarefa de melhorar a vida dos milhares de desabrigados no nordeste de seu país que estão vivendo em uma dezena de ginásios. Nesses locais, construiu com canos e telas, pequenos quartos que devolvem independência às famílias.



Na cultura oriental, especialmente na japonesa, o papel é amplamente utilizado na arquitetura como vedação de janelas e divisórias. Então, por que não construir com papel? O arquiteto japonês Shigeru Ban iniciou suas pesquisas com tubos de papelão na década de 80 e a Paper Arbor, de 89, foi seu primeiro projeto utilizando esse material, Ban trata o papelão como ”madeira evoluída”, em referência a sua origem. Preocupado com o meio ambiente, defende a reciclagem como uma solução pós-tecnológica e pós industrial e também diz que a arquitetura hoje em dia pouco faz para os mais necessitados, que são muitos e representam um desafio à todos os arquitetos.Ban desenha pavilhõescasas tendas emergenciais utilizando esse tipo de estrutura, edifícios de todos os tamanhos, formas e usos, todos incríveis. E como se isso não bastasse, os projetos construídos de maneira tradicional são sempre muito detalhados, apesar de parecerem simples (até) demais.

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